A maior crueldade de todos é educar os nossos filhos num sistema que não valoriza a sua expressão criativa, nem incentiva as suas habilidades únicas.
Se acreditas que és o responsável pela alegria do outro, então também tens que acreditar que és responsável pela dor do outro. Isto não deixa nenhum espaço para o outro ser responsável por si mesmo. Emidio Carvalho
Ser criativo não é querer. Ser criativo é sentir! Sentir amor, felicidade, empenho, curiosidade no que estás a fazer. Nem que seja desmontar uma PlayStation. bruno azevedo
Eu não preciso de saber o melhor para o meu filho. Não preciso mesmo!
Sei que as crianças tem uma capacidade fortíssima de seguir que amam, quem lhes dão afecto, seguir ídolos. Também sei que são honestas e verdadeiras para elas. São amor a 100%.
Sei que também deixam de ser honestas e verdadeiras, com elas, para “Obedecer” aos pais, aos professores, aos superiores que hierarquicamente são os detentores da verdade, do poder de decidir, para receberem afecto.
O que posso fazer como Pai?
Sabendo que o meu filho me segue e me tenta imitar, deixei de fazer e querer que ele seja que eu gostaria de ser em criança, ou seja, deixei de querer que ele seja outra pessoa que não ele.
Trato de me descobrir e estar em paz com o que a vida me oferece todos os dias, em todos os momentos. E por vezes é com ele junto e por vezes não é com ele junto. Dedico-me a ser verdadeiro comigo, honesto comigo, a me amar. Abro o coração à experiência que a vida me dá, e quando me perco, questiono-me o que posso fazer nos próximos 5 minutos.
Tento estar sempre presente para mim neste momento, estou presente para ele, sempre que estiver. Querer que ele seja um aluno de 100%, ou de 50% ou de 0%, não resulta. Ele é neste momento o que é, 100% ele.
Nós adultos, sempre que somos obrigados a fazer algo que não gostamos, é um passo para sentir tensão, repudia, cansaço, pressão. Aprendemos, inconscientemente, na nossa infância estes sentimentos. Não nos questionamos, mas como se devem sentir, os nossos filhos, quando lhe mostramos felicidade e alegria quando tem notas altas, e tristeza, frustração, desilusão quando tem notas baixas? Já se questionaram? Já se aperceberam o peso de responsabilidade que colocamos nos nossos filhos ao querer deles os melhores? E já os são! A maneira deles.
Mostrar-lhes que somos verdadeiros e honestos connosco, inconscientemente, estamos a lhes dar confiança para poderem abertamente serem criativos.